sábado, 21 de novembro de 2009

23 de novembro - Dia Nacional do Combate ao Câncer Infanto-Juvenil

Clique na imagem, informe-se e divulguem!

Não ache que o mundo é grande demais

Você morre.
Acorde para a realidade e aceite-a.
Melhore o seu jeito de conviver, tenha bom senso.
Sinta o instante. Deixe-o te levar, sem expectativas.
Não tente controlar o fluxo da vida.
Você não é dono de nada (apesar de achar que pode
controlar as coisas do mundo).
Você é só parte da paisagem.
Suas propriedades e títulos nada valem.
É a experiência que atrai o ser humano.
Porque perder a vida acumulando coisas?
Ser bem-sucedido?
Que significa isso se todos já estamos mortos?
Faça o que te agrada.
Apenas o que te desperta felicidade.
Ao invés de comprar uma jaqueta, viaje com um amigo para uma
cidade próxima.
Faça o que te instigue a curiosidade.
Repita um passeio de um parente mais velho.B
rinque com a vida.
Mas lembre-se: antes disso existem as outras pessoas.
Eles são o que há de mais interessante.
Imaginativas. Engraçadas. Únicas.
Ame-as. Seja amado.
Mas não espere nisso uma troca obrigatória.
Faça a sua parte e procure apostar nas pessoas.
Confie nelas.
Seja transparente para evitar especulações.
O mundo é feito de matéria e informação.
Os únicos átomos de que você precisa são para a sobrevivência do
corpo.
Porque preocupar-se além disso?
Compartilhe técnica, ferramentas, matéria-prima.
Todos podemos criar coisas divertidas com elas.
E, ao contrário do que você pensa, tudo é público.
Se mais de uma pessoa pode ter acesso, então é público.
Não se apegue à matéria. Não queira ser o dono.
Ter as coisas é perder tempo.
Para a sua mente, uma experiência é informação pura.
E essa informação flui através de você, te mudando aos poucos.
Com bom senso, você muda pra melhor.
Com amor, você muda pra melhor.
Sem ansiedade, você evolui espontaneamente.
Como fazer tudo isso?
Sonhe.
Use a sua imaginação.
É para isso que você tem uma.
Não se acovarde.
Não ache que o mundo é grande demais.
Mude você e ajude os que estão próximos a mudar.
Sinta-se à vontade dentro de você mesmo.
Somos todos uma coisa só.
Você não estará sozinho.

Daniel Pádua, no seu blog, em 25/11/2001.
Extraído do site Síndrome de Estocolmo.

Daniel Pádua faleceu ontem. Não o conheci - mas pelo o que está escrito acima, devia ser alguém muito especial.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Dia mundial pela prevensão da violência doméstica contra crianças e adolescentes - ou "BATER EM CRIANÇA É COVARDIA"

Castigo não – Toquinho

Um dia você crescerá,
Será gente grande também.
Depois você vai namorar,
Gostar muito, muito de alguém.
E quando você se casar
Virá com certeza um neném.
Não deixe nunca
Seu filho sozinho,
Sem proteção.
Castigos não fazem
Ninguém mais bonzinho,
Não fazem, não.
Não levante a voz
Nem levante a mão.
Não bata, não xingue
Nem dê beliscão.
Não trate as crianças
Como bem entender.
Gritos não vão resolver.
Criança que apanha
Não aprende a lição.
Com jeito ela vai aprender

domingo, 8 de novembro de 2009

Campanha permanente pela utilidade do homem

Xico Sá*/Especial para BR Press

Queremos voltar a ser úteis, imploro, repito. Queremos prestar de novo. Mulheres, escutem o nosso grito. Ouviram do Ipiranga, da Pampulha, do Capibaribe, das margens do Jaguaribe? Ouviram?
Não se trata de mais uma cantada genérica. Cantar é fácil. Qualquer mané o faz. A grande arte de um homem começa quando a cantada dá certo, ouviram, rapazes? Sim, o feitio de oração, o devotar-se, como insisto aqui nesta campanha permanente.
E nesse quesito, amigos, quem mais se aproxima da nota dez é quem atende todos os pedidos, ou quase. Mesmo que seja uma daquelas gazelas que adoram ser mimadas 24 horas, filha única, carente, voz manhosa de Marilyn Monroe no faroeste Os Desajustados.
Porque só Marilyn, não por ser loira, mas pelo estilo da fala, sabe ensinar como obter tudo de um homem. Ainda mais nesses tempos de hoje, em que perdemos praticamente a utilidade. Não vamos muito além da velha troca do chuveiro queimado ou da lâmpada.
No restante dos ofícios, elas possuem dotes e consolos materiais e filosóficos. Nem a massagem do cansaço noturno passa mais por nossas mãos rudes - tem sempre um japa do ramo que já resolveu a parada antes.

A conta
Nesse critério, de nos tornar um pouco úteis, de deixar o macho se sentindo vivo e importante, queremos a chance de saber que na vida ainda existe almoço de graça. Deixem que o homem pague, mesmo que você seja aquela super-poderosa mulher que comanda uma plataforma de petróleo ou que tenha nascido da costela do Onasis.
Queremos a chance de atender os seus pedidos. Uma das maiores virtudes de uma fêmea é arte de pedir, não acha?
Como elas pedem gostoso.
Como elas são boas nisso.
Resistir, quem há de?
Um simples "posso pegar essa cadeira, moço?" vira um épico. É o jeito de pedir, o ritmo caliente da interrogação, a certeza de um "sim" estampado na covinha do sorriso. Pede que eu dou, meu amor, eis o mantra aqui repetido.
Pede todas as jóias da Tiffany´s, minha bonequinha de luxo! Estou pedindo: pede! É uma campanha permanente, por isso repito parte de uma velha crônica de costumes dirigida especificamente a uma moça.
Eu imploro, eu lhe peço todos os seus pedidos mais difíceis. Pede Chanel, pede Louis Vuitton, pede que eu compro nem que seja no camelô. Não me pede nada simples, faz favor. Já que vai pedir, que peça alto. Você merece.
Como é lindo uma mulher pedindo o impossível, o que não está ao alcance, o que não está dentro das nossas posses. Podemos não ter onde cair morto, mas damos um jeito, um truque, um cheque sem fundos.
Até aqueles pedidos silenciosos, quando amarra a fitinha do Senhor do Bonfim no braço, são lindamente barulhentos. Homem que é homem vira o gênio da lâmpada diante de uma mulher que pede o impossível.
Ah, quero o batom vermelho dos teus pedidos mais obscenos, como um Wando, como o poeta mais brega ou como o T.S.Eliot. Quero o gloss renovado de todas as vezes que me pede para fazer um pedido, assim, quase sussurrando no ouvido: "Amor, posso te pedir uma coisa? Posso mesmo?"
Um castelo na Inglaterra?
Sim, eu dou na hora.
Sim, eu opero o milagre.
Como no pára-choque, o que você pede chorando que não faço sorrindo?!
Pede, benzinho, pede tudo.
Que eu largue a boemia, pare de beber e me regenere???
Pede, minha nêga, que o amor tudo pode.
Mesmo as que têm mais poder de posse que todos nós não escapam de um belo pedido. Com estas, as mais poderosas, tem ainda mais graça. Elas pedem só por esporte, o que não lhes comprometem a pose e muito menos a independência.
Charme.
Não é questão de poder ou dinheiro. O charme e o que importa é o pedido em si, o romantismo que há guardado no ato. Os melhores cremes da Lancôme? Vou a Paris agora. Estou pronto.
Eu lhe peço: me pede.
Café da manhã na cama todas as manhãs? Já estou arrumando os potinhos de geléia e de olho na cafeteira mais moderna, mais "da hora".
Champanhe todas as noites?
Sim, terá, e sempre à luz de velas, não qualquer espumante, aquele da marca da nobre viúva.
Que eu abra a porta do carro, sem que você corra risco de parecer uma nostálgica? Abre-te Sésamo!
Puxar a cadeira? Só se for agora.
Reservar mesa para jantar fora? Acabei de providenciar, meu anjinho barroco.
Peço: me pede! Não pede mimos baratos, pede atenção, por exemplo, essa mercadoria tão cara e tão em falta no mundo de homens e mulheres.

Xico Sá é jornalista e escritor. Nasceu no
Cariri em 1963 e foi criado no Recife.
Atualmente, vive em São Paulo. Fale com
ele pelo e-mail xicosa@brpress.net

domingo, 5 de outubro de 2008

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

A NÓS, MULHERES...

Que poder é esse que a família e os homens têm sobre o corpo das mulheres? Ontem, para mutilar, amordaçar, silenciar. Hoje, para manipular, moldar, escravizar aos estereótipos. Todos vimos, na televisão, modelos torturados por seguidas cirurgias plásticas. Transformaram seus seios em alegorias para entrar na moda da peitaria robusta das norte-americanas. Entupiram as nádegas de silicone para se tornarem rebolativas e sensuais, garantindo bom sucesso nas passarelas do samba. Substituíram os narizes, desviaram costas, mudaram o traçado do dorso para se adaptarem à moda do momento e ficarem irresistíveis diante dos homens. E, com isso, Barbies de fancaria, provocaram em muitas outras mulheres (as baixinhas, as gordas, as de óculos) um sentimento de perda de auto-estima. Isso exatamente no momento em que a maioria de estudantes universitários (56%) é composta de moças. Em que mulheres se afirmam na magistratura, na pesquisa científica, na política, no jornalismo. E, no momento em que as pioneiras do feminismo passam a defender a teoria de que é preciso feminilizar o mundo e torná-lo mais distante da barbárie mercantilista e mais próximo do humanismo. Por mim, acho que só as mulheres podem desarmar a sociedade. Até porque elas são desarmadas pela própria natureza. Nascem sem pênis, sem o poder fálico da penetração e do estupro, tão bem representado por pistolas, revólveres, flechas, espadas e punhais. Ninguém diz, de uma mulher, que ela é de espadas. Ninguém lhe dá, na primeira infância, um fuzil de plástico, como fazem os meninos, para fortalecer sua virilidade e violência. As mulheres detestam o sangue, até mesmo porque têm que derramá-lo na menstruação ou no parto. Odeiam as guerras, os exércitos regulares ou as gangues urbanas, porque lhes tiram os filhos de sua convivência e os colocam na marginalidade, na insegurança e na violência. É preciso voltar os olhos para a população feminina como a grande articuladora da paz. E para começar, queremos pregar o respeito ao corpo da mulher. Respeito às suas pernas que têm varizes porque carregam latas d'água e trouxas de roupa. Respeito aos seus seios que perderam a firmeza porque amamentaram seus filhos ao longo dos anos. Respeito ao seu dorso que engrossou, porque elas carregam o país nas costas. São as mulheres que irão impor um adeus às armas, quando forem ouvidas e valorizadas e puderem fazer prevalecer a ternura de suas mentes e a doçura de seus corações. Nem toda feiticeira é corcunda. Nem toda brasileira é só bunda.

Rita Lee
Compositora e Cantora

sábado, 2 de fevereiro de 2008

"Não quero lhe falar, meu grande amor...

das coisas que aprendi no livros..."


O que a gente faz quando alguém pede um conselho e a gente sabe que, se falar realmente o que deveria, a pessoa vai se chatear????
Odeio conselho!!!! Nunca peço - se me derem um conselho, eu seguir e der certo, não vou lembrar de agradecer... se der errado, vou culpar meu conselheiro...
E também odeio quando me pedem: "Fala a verdade: o que você acha que eu devo fazer???"
Como sair dessa "sinuca de bico"? Falo o que acho? Falo o que a pessoa quer ouvir???
Ultimamente, tenho tentado evitar esse tipo de situação... Arrumo um compromisso (aliás, me encho deles, pra não dar tempo de pensar em aconselhar alguém...)
Ok... Acho que vou desligar o pc, o telefone e me trancar em casa... Não tenho programação nenhuma para o Carnaval mesmo...
Se alguém perguntar por mim, vocês não viram, ok???




Não entenderam nada????
Tudo bem... acho que tô de TPM...
Nem eu tô me entendendo...